terça-feira, 25 de dezembro de 2007

A farsa da "ONG Sociedade Amigos do Planeta Plutão": Veja como os internautas podem ser enganados por inescrupulosos ou incautos

Ao receber o e-mail, a seguir transcrito, fui pesquisar para não cair no "conto" da ONG "Sociedade dos amigos de Plutão" e proteger meus colegas de turma, amigos e leitores das "armações" dos farsantes que pululam na rede virtual.



De:


Sergio
Para: Edson Paim e outros
Data: 23/12/07 22:31
Assunto: Fw: En:Fwd: ONG Amigos do Planeta Plutão

Anexo(s):

  • 2681PROMISCUIDADE NO GOVERNO.wmv 2681kb : Abrir ou examinar com antivírusexaminar com antivírus
VIVA O PT VIVA O LULA VIVA TODOS OS CORRUPTOS DESSE BRASIL !
ISSO É UMA VERGONHA
_________________________________________________________________


Recebi este e-mail do meu querido amigo Sergio, contendo uma farsa que circula na Internet e, a seguir, o resultado da pesquisa que efetuei, solicitando a todos que a encaminhem a seus contactos, não só para os livrarem da "esparrela" em que caíram, mas até para chegar ao autor do infeliz e inverídico arquivo, o qual, certamente, agiu por boa fé, da mesma forma que os responsáveis pela circulação do e-mail.

O e-mail referido divulga, isoladamente, o pronunciamento do Senador, Heráclito Fortes, como se se tratasse de fato verdadeiro.

O discurso do Senador, propagado por e-mails, está contido na postagem "ONG sociedade amigos de plutão - Veja a verdade! (PT PFL)", cujo endereço se segue ao título da mesma, logo abaixo:

A ONG "SOCIEDADE AMIGOS DE PLUTÃO" NÃO EXISTE:


Descubra você mesmo, a verdade dos fatos:


Confira como o Senador Heráclito Fortes, de boa fé, caiu numa "armadilha":

Acesse a seguinte postagem:

ONG sociedade amigos de plutão - Veja a verdade! (PT PFL



http://www.youtube.com/watch?v=P04uPLaqzJk

ONG AMIGOS DE PLUTÃO NÃO EXISTE: VEJA A RETRATAÇÃO

Esclarecendo dúvidas

Simples metáfora, mas, reconheço, sem a caracterização explícita. Como no período eleitoral que agora se encerra andam exasperadas as emoções, houve quem supusesse naquela crônica uma agressão ao PT, às lideranças sindicais, ao presidente e à Esplanada dos Ministérios. Penitencio-me, para que não haja dúvidas. A ONG "Sociedade dos Amigos de Plutão" não existe. Pelo menos, ainda não foi criada.

Para evitar a repetição de um problema que já relato, lembro a Lei de Imprensa, dispondo de uma figura denominada retratação. Quando, no mesmo espaço, na mesma página, um jornalista se retrata, reconhecendo o erro, cessa ou nem se inicia a respectiva ação penal. Por que esse cuidado? Porque não faz um mês o comitê de campanha de Geraldo Alckmin denunciou-me à Justiça Eleitoral como tendo ofendido o candidato, ao chamar de burra e ofensiva à inteligência nacional a estratégia de ficar agredindo Lula em vez de anunciar seus programas.

No TSE, em nome da liberdade de imprensa, o ministro-relator recomendou o arquivamento da ação, acompanhado em seguida pelo plenário. Seria no mínimo inusitado, na mesma eleição, ser processado pelos dois lados, mas faz tempo que de quatro em quatro anos a história se repete. Estará a virtude no meio?.

http://www.tribuna.inf.br/anteriores/2006/outubro/02/coluna.asp?coluna=chagas..

ONG AMIGOS DE PLUTÃO NÃO EXISTE

ON

G Amigos de Plutão não existe


No dia 2 de setembro de 2006, o jornalista Carlos Chagas publicou em sua coluna no jornal Brasília em Dia, uma nota falando sobre a criação de uma organização não-governamental (ONG) denominada Sociedade dos Amigos de Plutão. Essa suposta ONG estaria localizada na Esplanada dos Ministérios e teria como presidente um ex-líder sindical, filiado a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e ao Partido dos Trabalhadores (PT), além de ser amigo íntimo do presidente Luís Inácio Lula da Silva. O fato mais surpreendente, no entanto, seria a liberação de R$ 7,5 milhões para a tal sociedade, publicada no Diário Oficial.

Clique no link para ver a matéria:

http://www.brasiliaemdia.com.br/2006/9/1/Pagina744.htm

A liberação de verba governamental desse porte para uma ONG de um amigo íntimo do presidente causou grande repercussão. Afinal, seria mais um escândalo envolvendo organizações sem fins lucrativos e recursos federais. Ao digitar “Amigos de Plutão” no google, é possível verificar mais de 380 ocorrências. Vários sites, colunistas e blogueiros de todo o país comentaram o assunto. E o tema foi parar até no Congresso Nacional. O senador Heráclito Fortes fez um discurso defendendo a abertura de uma CPI para investigar a denúncia.

O Contas Abertas (CA), site reconhecido pelo seu trabalho investigativo e fiscalizador do Orçamento Federal, recebeu dezenas de e-mails de leitores questionando a veracidade dessas informações, principalmente, em relação à liberação dos R$ 7,5 milhões. Muitos jornalistas de importantes veículos da imprensa também entraram em contato com o CA, na tentativa de obter mais dados. Diante de tamanha repercussão, o Contas Abertas resolveu apurar o caso.

A ONG Sociedade dos Amigos de Plutão, na realidade, nunca existiu. O próprio jornalista Carlos Chagas publicou uma retratação no dia 2 de outubro em sua coluna no Tribuna da Imprensa. Nessa nova nota, Chagas afirmou que isso não passou de uma metáfora tão comum na crônica política. Deixou claro que foi apenas uma ficção, que ele criou para criticar uma situação que está se tornando corrente no cenário político atual, a criação de ONGs com a finalidade exclusiva de captar recursos públicos.

Clique no link para ver a retratação:
http://www.tribuna.inf.br/anteriores/2006/outubro/02/coluna.asp?coluna=chagas

Assim sendo, o Contas Abertas informa a seu leitores que a Sociedade dos Amigos de Plutão nunca existiu. A sede na Esplanada dos Ministérios, a liberação do dinheiro dos cofres públicos, os possíveis convênios com grandes estatais e o presidente amigo íntimo de Lula, não passam de uma situação hipotética criada pelo jornalista Carlos Chagas.

Camilla Shinoda
Do Contas Abertas

http://contasabertas.uol.com.br/noticias/detalhes_noticias.asp?auto=1519


www/http://contasabertas.uol.com.br/noticias/detalhes_noticias.asp?auto=1519


7/10/2006


Amigos de Plutão e do dinheiro público (Por Jorge Serrão)



Amigos de Plutão e do dinheiro público


Tem tudo para ser uma piada ou fake difundido pela internet, mas não é, pois foi relatada pelo jornalista Carlos Chagas.

A recém-criada ONG Sociedade dos Amigos de Plutão (SAP), destinada a protestar contra decisão da União Astronômica Internacional que rebaixou o nono planeta do sistema solar à condição de asteróide, também recebe ajuda polpuda do governo federal.

O Diário Oficial publicou a liberação de R$ 7 milhões e 500 mil reais para estimular as primeiras ações da nova ONG, que também celebrará convênios de publicidade com a Petrobrás, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica e os Correios.

Motivo nobre

O objetivo da ONG é conscientizar a população para o perigo que significa o rebaixamento de Plutão, primeiro passo para a exclusão da Terra.

Tudo porque, semana retrasada, reunidos em Praga, 2.500 astrônomos tomaram essa decisão.

Agora, somos apenas oito planetas: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno.

Fonte: Alerta Total

http://alertatotal.blogspot.com/2006/09/espionagem-eleitoral-diretor-geral-do.html



O desmentido de Carlos Chagas

O articulista Carlos Chagas publicou um texto em tom de brincadeira sobre uma tal ONG “Sociedade Amigos de Plutão”, que teria supostamente recebido verbas públicas ( 7 milhões) para defender o retorno de Plutão como um planeta.
http://www.brasiliaemdia.com.br/2006/9/1/Pagina744.htm
Só que alguns leitores interpretaram com sendo uma história verdadeira.
Até o senador Heráclito Fortes acreditou na brincadeira.
Também, com tantas denúncias, é para ficar confuso mesmo!

SOCIEDADE DOS AMIGOS DE PLUTÃO (Carlos Chagas)



A SOCIEDADE DOS AMIGOS DE PLUTÃO

Publicação:
2 de setembro de 2006

Por: Carlos Chagas

E-mail: cchagas@brasiliaemdia.com.br


Acaba de ser criada, em Brasília, uma nova ONG, chamada de Sociedade dos Amigos de Plutão (SAP), destinada a protestar contra decisão da União Astronômica Internacional que rebaixou o nono planeta do sistema solar à condição de asteróide. Isso porque, semana passada, reunidos em Praga, 2.500 astrônomos tomaram essa decisão. Agora, somos apenas oito planetas: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno.

A sede da Sociedade dos Amigos de Plutão está registrada na Esplanada dos Ministérios, ainda que sem particularizar qual deles. O presidente da entidade é um ex-líder sindical, filiado à CUT e ao PT, amigo íntimo do presidente Lula. O Diário Oficial publicou a liberação de 7,5 milhões de reais para estimular as primeiras ações da nova ONG, que também celebrará convênios de publicidade com a Petrobrás, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica e os Correios. O objetivo é conscientizar a população para o perigo que significa o rebaixamento de Plutão, primeiro passo para a exclusão da Terra.

Estão definidas viagens de comitivas da Sociedade dos Amigos de Plutão pelas principais capitais do mundo, pretendendo entrevistas com presidentes e primeiros-ministros capazes de integrar-se à campanha em defesa do infeliz planeta agora degradado. Programou-se, é claro, retiradas de 20 mil reais semanais para cada um dos 800 diretores da nova ONG, que também receberão cartões de crédito institucionais para enfrentar despesas pessoais de hospedagem, alimentação, vestuário e transportes.

Alguma surpresa? De jeito nenhum. A SAP será apenas mais uma ONG entre as centenas criadas ao longo dos últimos anos, boa parte subsidiada pelo governo, com as mais diversas finalidades: a defesa da floresta amazônica, o estimulo ao programa do primeiro emprego, a exigência de ética nos negócios públicos e, certamente, a que dá proteção aos gatos cegos.

Vale a ressalva: existem ONGs de grande importância, que prestam relevantes serviços à sociedade. No reverso da medalha, porém, ONGs fajutas. Umas financiadas por multinacionais e até por governos estrangeiros, empenhadas em impor interesses estranhos à nossa soberania. Outras, de simples picaretagem. Numa época em que se acendem esperanças para os trabalhos do futuro Congresso, que tal programar uma CPI destinada a investigar a atuação, o funcionamento, as origens, os objetivos e os recursos das Organizações Não Governamentais?

Fonte: Brasília Em Dia

http://www.brasiliaemdia.com.br/2006/9/1/Pagina744.htm

Pulha virtual

Sociedade dos Amigos de Plutão (SAP):
mais uma ONG ou uma plutaria?

Plutao

Às vésperas do primeiro turno das eleições de 2006 a "notícia" revoltou muita gente e com justa razão.

Uma ONG (Organização Não Governamental) teria sido criada em Brasília para defender o retorno de Plutão à condição de Planeta.

Seria apenas uma ONG a mais não fossem os privilégios de cada um dos seus 800 diretores. Isso mesmo: oitocentos diretores.

Cada um desses oitocentos privilegiados diretores receberia vinte mil reais por semana. Isso mesmo: vinte mil reais por semana. Oitenta mil reais por mês. Novecentos e sessenta mil reais por ano.

E mais: cartões de crédito institucionais para enfrentar despesas pessoais de hospedagem, alimentação, vestuário e transportes. ... O presidente da entidade, diz a "notícia", é um ex-líder sindical, filiado à CUT e ao PT, amigo íntimo do presidente Lula.

Haja revolta...

E de onde vem essa dinheirama pra pagar tanta mordomia? Vem da 'viúva', uai:

O Diário Oficial publicou a liberação de 7,5 milhões de reais para estimular as primeiras ações da nova ONG, que também celebrará convênios de publicidade com a Petrobrás, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica e os Correios.

Mais revolta! Enquanto verbas para pesquisas são reduzidas...

E algumas perguntas:

- qual o nome dos diretores da entidade?

- qual o local de funcionamento?

- qual a data do Diário Oficial que publicou a liberação dos 7,5 milhões de reais?

Nenhum nome, nenhum endereço, apenas um vago 'esplanada dos ministérios' como endereço.

Sete e meio milhões de reais? Mixaria.

Fazendo as contas, vê-se que esse dinheiro não dá pra muita coisa. A tal ONG gastaria, apenas com os seus 800 diretores, nada menos que 64 milhões de reais por mês (768 milhões por ano), sem contar os cartões de créditos, viagens e otras cositas más.

A notícia da criação da Sociedade Amigos de Plutão - SAP é da lavra do jornalista Carlos Chagas que a divulgou em sua coluna no dia 29 de agosto de 2006.

Na verdade, muita gente logo acreditou na história, pois havia clima favorável para acreditar em qualquer coisa suja ou sórdida ocorrida em Brasília, principalmente se vinculada ao PT.

Apesar do absurdo da 'notícia', por ser de autoria de famoso jornalista logo se transformou em coisa certa e verdadeira.

"Tem tudo para ser uma piada ou fake difundido pela internet, mas não é, pois foi relatada pelo jornalista Carlos Chagas" diz um inconformado blogueiro. (Amigos de Plutão e do dinheiro público.)

Pois é, por se tratar de um conhecido jornalista, então tudo o que ele disser ou for publicado em seu nome deve ser tomado como verdadeiro.

Um piadista brasileiro criou a SAP e um espirituoso português criou a LAPINHA

"... cujos objectivos [ ...] são promover uma aproximação planetária entre a Terra e Plutão executando manobras apropriadas que redefinam a órbita do nosso amado planeta, de modo a aproximá-lo de nós..."

(Cumprimentos à LAPINHA pelos nobres propósitos e os melhores votos de êxito na empreitada :)

Até agora, não há notícias de farta liberação de recursos para a laboriosa LAPINHA. Em EUROS, é claro.

Em além-mar, pelo menos menos para nós de cá, foi criada outra entidade, a LAP - Liga dos Amigos de Plutão. Sucesso absoluto, dizem os seus criadores:

"Membros eminentes da nossa classe política e intelectual disputam os impressos para inscrição e as bichas para entrega da documentação são imensas."

Como foi divulgado pela imprensa, em agosto de 2006 a União Astronômica Internacional 'decretou' o rebaixamento de Plutão. Ele não mais seria considerado um planeta, mas um planeta anão ou um simples asteróide.

As conseqüências disso?

Certamente, elas não serão percebidas de imediato pelo chamado grande público.

Do ponto de vista prático, é o mesmo que mudar o nome de rótula para patela. A pancada nessa parte do joelho continua doendo da mesma maneira. Compressas de gelo ainda são recomendadas.

A mudança da condição astronômica de Plutão tem provocado bem-humoradas reações.

O blog ESPÍRITO DE XABREGAS anuncia o GAP - Grupo de Amigos de Plutão e lança o seu apelo:

"junte-se a nós e proclame bem alto:

Plutão é um planetão!"

Já o blog Veneno Crônico procura reunir os fdp - filhos de plutão e propõe o grito de guerra:

"Os fdp unidos jamais serão vencidos!"

Há outra Sociedade Amigos de Plutão cuja

"... sede está registrada no INSTITUTO FHC, em São Paulo. O presidente da entidade é um ex-Editor de revista, filiado ao PSDB, amigo íntimo do Alckmin. O objetivo é conscientizar a população para o perigo que significa o rebaixamento de Plutão, primeiro passo para a reeleição em primeiro turno."

Mais uma piada política.

Moral da história: leia as notícias com espírito crítico. Isso não significa ler as coisas com a idéia pré-estabelecida de que tudo é mentira.

Procure ver coerência entre as informações fornecidas. Se houver cifras, faça alguns cálculos e veja se os valores apresentados são razoáveis.

Se mencionar fontes, como jornais e revistas, vá até lá e confira.

Em 30 de setembro de 2006, o jornalista Carlos Chagas publicou a Retratação.

"...

A 29 de agosto, enveredei pela mesma trilha, diante da desclassificação de Plutão de planeta para asteróide. Por conta da proliferação de ONGs fajutas mamando nas tetas do governo, [ ...] , imaginei outra, a "Sociedade dos Amigos de Plutão".

"Ao descrever suas atividades, obviamente fictícias, não resisti à tentação de apresentá-la como da mesma forma presidida por líder sindical, suposto amigo do presidente, claro que inexistente, por isso jamais fulanizado. A ONG teria sede na Esplanada dos Ministérios e seus diretores empreenderiam farta e luxuosa viagem ao redor do mundo, pregando a imprescindível reabilitação de Plutão.

..."

O artigo original foi publicado em 29 de agosto de 2006. A retratação é datada de 30 de setembro do mesmo ano. O primeiro turno das eleições foi no dia seguinte à retratação: primeiro de outubro.

O senador Heráclito Fortes (PFL-PI) ficou irado com a notícia e proferiu veemente protesto (êpa!) no Senado Federal. Ele recebeu a informação através da coluna de outro bem informado jornalista: Cláudio Humberto, ex-assessor de imprensa do senhor F. Collor.

Das duas uma: ou o senador agiu de má fé ou é muito mal informado. (Ou talvez seja mais uma barriga de sua excelência. A segunda :)

Veja o vídeo do pronunciamento do senador, mais um sucesso no Youtube.com.

(Que tal instalar uma CPI para investigar o QI de suas excelências? E outra CPI para investigar a liberação de verbas para a Frente de Libertação dos Anões de Jardim?)

Quem se deu mal nessa história foi o senador que acreditou na conversa de formadores de opinião da bem informada classe média brasileira. Em mensagem distribuída, ele agradece a todos os que escreveram com cumprimentos (mais de 95%).

E acrescenta: Se somente agora passamos a respondê-los é porque, em primeiro lugar, procuramos apurar o que de real havia a respeito. A mensagem do senador é datada de 29 de novembro. O artigo do jornalista Carlos Chagas é de 29 de agosto de 2006. Haja apuração.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Jorge Hage nega que governo Lula aumentou repasses para ONGs

Jorge Hage nega que governo Lula aumentou repasses para ONGs

Hugo Costa
Repórter da Agência Brasil

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Brasília - O repasse de recursos do governo federal para organizações não-governamentais (ONGs) diminuiu 28,75% no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em relação ao segundo mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso. Os dados são da Controladoria-Geral da União (CGU) e foram anunciados hoje (30) pelo ministro-chefe do órgão, Jorge Hage, na CPI das ONGs do Senado. Ele posicionou contrário à idéia de tornar obrigatório o processo de licitação para a contratação dessas organizações.

Segundo as informações da CGU, entre 1999 e 2002, o governo federal repassou, em valores atualizados, R$ 28,04 bilhões para ONGs. Nos quatro anos seguintes, o repasse teria caído para R$ 19,98 bilhões. Para Hage, os números desmentem o discurso de que a atual gestão teria aumentado gastos com essas organizações.

“Esses dados servem para contrapor a falácia de que no governo atual houve uma aumento extraordinário de recursos para ONGs. Fizemos uma mera comparação entre períodos de governo. Não sei porque isso levantou tanta celeuma”, disse o ministro, que não considera a diminuição um aspecto estritamente positivo. “Repassar dinheiro para ONGs não é necessariamente mau. Algumas organizações fazem trabalhos excepcionais. A diminuição [de repasses] pode até ser ruim”, afirmou.

Jorge Hage declarou não ser favorável à sugestão do procurador do Ministério Público Federal Rômulo Moreira de estabelecer licitação para a contratação de ONGs. “Não cabe a imposição de licitações de modo generalizado. Imagine se fôssemos fazer licitação para ver qual organização vai fazer os trabalhos da Pastoral da Criança, do Instituto Butantã ou das santas casas”, explicou ao citar modelos de organizações consideradas bem sucedidas.

Hage abriu exceção para um caso no qual seria possível licitar. “Quando o governo tem um programa novo, ele pode fazer um chamamento público para ver que ONGs existem e têm interesse em fazer parceria. Isso faria sentido”, disse.

A Controladoria investiga uma amostra de 325 ONGs que receberam verbas públicas entre 1999 e 2006. As organizações foram selecionadas de acordo com o volume de dinheiro recebido: 20 delas receberam mais de R$ 10 milhões; 120 entre R$ 2 milhões e R$ 10 milhões; as demais entre R$ 200 mil e R$ 2 milhões.

O ministro Hage não definiu data para a apresentar o relatório com os resultados da

auditoria.

Fonte: Agência Brasil

http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2007/10/30/materia.2007-10-30.3170882109/view

sábado, 27 de outubro de 2007

CGU investiga repasses de verba a 325 ONGs entre 1999 e 2006

BRASÍLIA - A Controladoria Geral da União (CGU) está investigando repasses de R$ 3,5 bilhões feitos pelo governo federal a 325 ONGs entre os anos de 1999 e 2006. O objetivo é identificar se os recursos foram aplicados corretamente. Foram selecionadas as entidades que mais recursos receberam no período. Os levantamentos da CGU mostram grande concentração: apenas 20 das 325 ONGs sob fiscalização foram beneficiadas com 80% das transferências.
A amostra também inclui 120 instituições que receberam recursos federais originários de emendas parlamentares. Denúncias de desvios nesse tipo de transferência são freqüentes. Há dois meses, o Ministério da Educação, por exemplo, decidiu suspender a assinatura de convênios com ONGs.
A decisão foi tomada a partir da constatação de irregularidades na aplicação dos recursos. Na próxima terça-feira, o ministro-chefe da CGU, Jorge Hage, fará uma exposição na CPI do Senado que investiga os repasses de dinheiro público às ONGs sobre o controle desse dinheiro.
De acordo com os levantamentos da Controladoria, a administração do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso repassou mais recursos a ONGs do que o primeiro mandato do governo Lula. Em valores atualizados, entidades deste tipo receberam R$ 28,04 bilhões entre 1999 e 2002, contra R$ 19,98 bilhões transferidos entre 2003 e 2006 - uma queda de 28,75%.
Sem correção monetária, a situação se inverte: o governo Lula registra um aumento de 14,5% em seus repasses. Ainda de acordo com a CGU, em comparação com a totalidade de transferências realizadas pelo governo federal, o volume repassado a organizações não-governamentais é pouco significativo: representa 2,1% do total.

Fonte: Tribuna da Imprensa

http://www.tribuna.inf.br/

domingo, 7 de outubro de 2007

Corrupção generalizada nas ONGs: Indícios de irregularidades em convênios com 546 ONGs que receberam recursos de R$ 330 milhões do governo federal


ONGs teriam recebido R$ 330 mi de convênios


Cerca de 546 ONGs teriam recebido recursos de R$ 330 milhões do governo federal por meio de convênios com indícios de irregularidades, segundo um estudo realizado pela Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira da Câmara dos Deputados. O estudo analisou convênios datados de julho de 2003 e abril deste ano e poderá ajudar à CPI das ONGs, instalada no Senado na última semana. Entre as irregularidades estariam a desobediência a duas normas da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO): a cedência de dinheiro para aquisição de máquinas, veículos, construção civil e equipamento e a exigência de um mínimo de três anos de funcionamento da entidade para poder receber recursos da União. Na primeira reunião, foi definido que a CPI será presidida pelo senador Raimundo Colombo (DEM-SC).

Fonte: Jovem Pan


segunda-feira, 1 de outubro de 2007

MEC corta verba de ONGs por fraude em alfabetização

O Ministério da Educação cortou todos os repasses para ONGs envolvidas no programa Alfabetização Solidária após descobrir fraude em convênios.

Os recursos federais estão sendo direcionados apenas para prefeituras e governos estaduais.

A participação das ONGs no programa, que chegou a ser de 55% em 2003, havia caído para 29% no ano passado.

Se fosse mantido o percentual do Orçamento de 2006, este ano as ONGs levariam cerca de R$ 91 milhões. O MEC continua oferecendo recursos do crédito educativo e vagas do ProUni em 6 das 37 faculdades de direito reprovadas em sua avaliação.

(O Globo - Sinopse Radiobrás)

CPI das ONGs quer investigar denúncia que envolve a Senadora Ideli, lider do PT

Senado instala comissão na quarta; petista diz desconhecer irregularidades em federação

Adversário da líder do PT na Casa afirma que as fraudes em entidade de agricultura familiar do Sul vão ser investigadas por comissão

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A CPI das ONGs deve ser instalada quarta-feira no Senado e a oposição já quer apurar pelo menos um caso concreto que pode dar dor de cabeça ao Planalto, envolvendo a líder do PT na Casa, Ideli Salvatti (SC). São denúncias de fraudes na Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar da Região Sul (Fetraf-Sul).
A entidade, que recebeu R$ 5,2 milhões entre 2003 e 2007 da União, é acusada pelo Ministério Público de desviar dinheiro público que deveria ser usado para formar e qualificar mão-de-obra na área rural.
Reportagem publicada pela revista "Veja" liga os principais envolvidos na fraude à senadora. Ideli não nega a ligação, mas afirma desconhecer quaisquer irregularidades.
Em nota, disse que é "natural" sua ligação com lideranças da agricultura familiar, já que tem pautado sua atuação política em defesa do setor. Por isso, ela destaca que manteve relações com diversas entidades da área e prefeituras. Disse que só apresentou emendas para favorecer a agricultura familiar.
Para Ideli, "definitivamente isso não implica que eles tenham qualquer participação em supostas ilegalidades perpetradas para o desvio de recursos públicos".
Cotado para assumir a presidência da CPI, o senador Raimundo Colombo (DEM-SC), adversário político da petista em Santa Catarina, diz que casos como esse serão alvo das investigações na comissão. "O que não pode é essas ONGs, financiadas com dinheiro público, não serem fiscalizadas."
Comedido, o senador Valter Pereira (PMDB-MS), que deverá assumir a relatoria da CPI, ressalta que "é arriscado fazer juízo de valor antes de se iniciar qualquer investigação". Mas ele admite que a nova CPI "desagradará a muita gente" e que caberá à oposição oferecer as denúncias que serão apuradas.
A Polícia Federal investigou 18 convênios firmados entre a federação e os ministérios do Desenvolvimento Agrário, do Trabalho, da Agricultura e da Pesca por meio dos quais a entidade recebeu os recursos.
Pelo menos uma parte desse dinheiro teria sido usado para financiar campanhas políticas do PT, segundo a denúncia. Na prestação de contas, a Fetraf teria simulado lista de presença em cursos, maquiado despesas e organizado um caixa dois.
Segundo a denúncia, o esquema reúne parlamentares, dirigentes de entidades com influência política para negociar convênios com órgãos públicos, e funcionários em postos-chave nos ministérios.
No caso específico da Fetraf-Sul, destaca-se o fato de a entidade ter sido criada em 2001 por petistas ligados à senadora e ganhado importância no governo Lula.
Em um dos convênios, assinado em 2003 com o Desenvolvimento Agrário, a Fetraf-Sul teria recebido R$ 1 milhão para treinar trabalhadores rurais em Chapecó. No entanto, a federação forjou lista de presenças com alunos fantasmas.
O coordenador da entidade na época em que a maioria dos convênios que aparecem com irregulares era Dirceu Dresch, hoje deputado estadual pelo PT e ex-coordenador de campanhas de Ideli.

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc0110200707.htm

terça-feira, 4 de setembro de 2007

ONGs fazem a farra com escolas-fantasma


Era para ser o maior programa contra o analfabetismo no país, mas está se transformando em mais uma triste lição de como fraudar o governo.

Organizações não-governamentais (ONGs), cadastradas no Ministério da Educação, que deveriam ensinar a ler e a escrever, abusam de endereços falsos e turmas inexistentes para justificar os recursos recebidos do Brasil Alfabetizado, que no ano passado levou R$ 170 milhões da União.

A reportagem percorreu diversas turmas em três estados e no Distrito Federal. O resultado foi o mesmo: uma aula de irregularidades.

(Correio Brasiliense - Sinopse Radiobrás - 26/08/2007)


sábado, 1 de setembro de 2007

ONGs Piratas: Abundam por não prestarem contas e nem serem fiscalizadas


Claudia Safatle:

Prestação de contas de convênios entre governo e ONG é rara e fiscalização nunca existiu.

(Valor Econômico - Sinopse Radiobrás)

sábado, 28 de julho de 2007

Ongs e seus aproveitadores enquadrados por decreto presidencial

* Decreto que regulamenta o repasse de verbas da União a ONGs e organizações da sociedade civil de interesse público, Estados e municípios deverá resultar em economia de R$ 1,5 bilhão por ano.

O decreto amplia exigências para convênios, proíbe repasses inferiores a R$ 100 mil a Estados e municípios e veta instituições que tenham servidores ou parentes como dirigentes.

As regras entram em vigor em janeiro.

(Estado de São Paulo - Sinopse Radiobrás)

segunda-feira, 16 de julho de 2007

CPI das ONGs: Parlamentares do DEM querem tirar a proposta da gaveta

* Parlamentares do DEM querem tirar da gaveta a CPI das ONGs, depois que a Operação Águas Profundas localizou entidades no esquema de fraudes contra a Petrobrás.

Repasses da estatal devem ser investigados.

(Estado de São Paulo - Sinopse Radiobrás)

domingo, 15 de julho de 2007

ONG ligada à Igreja do Evangelho Quadrangular tem bens bloqueados pela Justiça

A Justiça de Contagem (Grande BH) determinou o bloqueio dos bens do pastor Jerônimo Onofre da Silveira, braço direito do deputado federal Mário de Oliveira (PSC-MG),
e da Escola do Ministério Jeová Jiré, ONG ligada à Igreja do Evangelho Quadrangular, comandada pelo parlamentar.

O pastor, o deputado e outros integrantes da Quadrangular foram denunciados pelo Ministério Público por desvio de dinheiro público, na administração do ex-prefeito Ademir Lucas (PSDB), e por formação de quadrilha.

A escola, cuja sede fica em uma mansão cinematográfica, assinou convênio com a prefeitura, para recuperar viciados, quando Jerônimo, presidente da instituição, era secretário de Defesa Social do município.

O bloqueio dos bens, até o valor de R$ 1,12 milhão, foi determinado por terem surgido informações de que um imóvel registrado em nome do pastor estava sendo vendido por R$ 300 mil.

Oliveira responde a processo no Conselho de Ética da Câmara, acusado de contratar pistoleiro para matar o também deputado Carlos Willian (PTC-MG).

(Estado de Minas - Sinopse Radiobrás -10-07-07)

sábado, 14 de julho de 2007

* A Polícia Federal e o Ministério Público anunciaram ontem a investigação de suposta relação das ONGs envolvidas nas fraudes na Petrobras com desvios de dinheiro durante os governos do casal Garotinho.

A Justiça Eleitoral confirmou a inelegibilidade do casal por 8 anos.

(Gazeta Mercantil - Sinopse Radiobrás)

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Polícia Federal e o Ministério Público nos rastros das ONGs

* A Polícia Federal e o Ministério Público anunciaram ontem a investigação de suposta relação das ONGs envolvidas nas fraudes na Petrobras com desvios de dinheiro durante os governos do casal Garotinho.

A Justiça Eleitoral confirmou a inelegibilidade do casal por 8 anos.

(Gazeta Mercantil - Sinopse Radiobrás)


* A Justiça Eleitoral do Rio confirmou a decisão: os ex-governadores Rosinha Matheus e Anthony Garotinho estão inelegíveis.

A Polícia Federal já investiga a relação entre ONGs e as campanhas políticas do casal.

(.Jornal do Brasil - Sinopse Radiobrás.)

quarta-feira, 11 de julho de 2007

ONGS: Policia Federal descobriu fraudes em contas dessas instituições

* PF estoura esquema de corrupção na Petrobras

Após dois anos de investigação, a Polícia Federal desbaratou um esquema de fraudes em licitações para serviços de reparos em plataformas da Petrobras.

Até o início da noite de ontem, a Operação Águas Profundas tinha prendido 13 das 18 pessoas procuradas e cumprido cerca de 60 mandados de busca e apreensão.

Entre os 26 denunciados estão 9 empresários - 4 deles dos estaleiros Iesa e Mauá -, 5 funcionários da Petrobras em nível de gerência, 2 servidores da Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente (Feema) do Rio de Janeiro, um deles ex-presidente, um ex-deputado estadual e um agente da Polícia Federal.

Segundo a investigação, o núcleo do esquema é a Angraporto Offshore.

Com a corrupção de empregados da Petrobras, a empresa ganhava os serviços de reformas e manutenção em plataformas marítimas, realizadas em Angra dos Reis.

A operação descobriu ainda fraudes em contas de ONGs, algumas já envolvidas em denúncias de contribuições suspeitas durante a pré-campanha à Presidência do ex-governador Anthony Garotinho.

(Estado de São Paulo - Sinopse Radiobrás)

domingo, 8 de julho de 2007

Desvio de verba destinada a ONGs chega a R$ 1,5 bilhão

* Técnicos do governo, do Tribunal de Contas da União e da Controladoria-Geral da União calculam que foi desviada quase metade dos R$ 3 bilhões destinados no ano passado a organizações não-governamentais (ONGs) e organizações da sociedade civil de interesse público (Oscips).

Em 2002, informa João Domingos, o País tinha 22 mil ONGs; em 2006 esse número pulou para 260 mil; em 2007 calcula-se que sejam 300 mil.

Somente 4,5 mil dessas instituições estão legalmente registradas no Ministério da Justiça, onde apenas 12 funcionários são responsáveis por sua fiscalização.

Em todo escândalo recente envolvendo repasse de verba da União ou de órgãos públicos se encontra uma ONG ou Oscip.

A Operação Aquarela, que resultou na renúncia do senador Joaquim Roriz, constatou desvio de R$ 50 milhões e há suspeita de envolvimento de três ONGs.

Diante das irregularidades, o Planalto preparou decreto que restringe convênios com essas instituições.

Em agosto, o Congresso instalará a CPI das ONGs.

(Estado de São Paulo - Sinopse Radiobrás)


OPINIÃO DO BLOG:

Face à notória ausência de fiscalização e, aos duvidosos fins de muitas de destas ONGs, subvencionadas pelo erário público, não seria de melhor alvitre que o governo, ao invés de restringir, apenas, preferisse suspender totalmente os convênios com tais entidades, deixando-se a cargo dos idealistas criadores de ONGS, a busca de recursos, junto aos empresários "bonzinhos" que gastam dinheiro "a rodo" para financiar campanhas políticas.

Com os recursos "jogados fora" através da subvenção a ONGs, cujo retorno é incerto, como demonstra a nota acima, poder-se-ia instituir o financiamento público das campanhas políticas, livrando o país, destarte, do conluio que se processa entre os investidores em futuros mandatos e os seus detentores menos escrupulosos.

Mediante esta estratégia, com uma única "cajadada" seriam eliminados dois "coelhos", ficando o erário público melhor protegido, o que constituiria um verdadeiro "ovo de Colombo".

De quebra, eliminaria a "indústria" de emendas que destinam verbas para as ONGS, as quais beneficiam, geralmente, seus autores.