domingo, 29 de dezembro de 2013

Mais Médicos fecha ano com metade da meta de adesão


Programa conta com 6.658 profissionais trabalhando em 2.177 municípios e 28 distritos indígenas. A meta é ter 13 mil médicos até março de 2014

                    Tânia Rego/ABr
Médicos estrangeiros do Programa Mais Médicos visitam Realengo, na zona oeste da cidade, uma das áreas de atuação dos profissionais

Médicos estrangeiros do Programa Mais Médicos visitam Realengo, na zona oeste da cidade, uma das áreas de atuação dos profissionais

São Paulo - O Programa Mais Médicos termina o ano com 6.658 profissionais trabalhando em 2.177 municípios e 28 distritos indígenas. A meta é, até março de 2014, ter 13 mil profissionais trabalhando nos municípios que aderiram ao programa, conforme informações da Agência Brasil. O Ministério da Saúde calcula que cada médico, acompanhado pela Equipe de Saúde na Família, atende cerca de 3.500 pessoas.
O programa foi alvo de críticas das principais entidades médicas, como o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Federação Nacional dos Médicos.
Uma delas é que o contrato de trabalho era ilegal, já que os profissionais recebem uma bolsa de ensino para trabalhar, e a vinda de médicos estrangeiros sem precisarem passar pelo Exame Nacional de Revalidação de Diplomas (Revalida). As entidades recorreram à Justiça, promoveram protestos e postergaram a emissão do registro provisório.
Em julho, o presidente em exercício do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, confirmou a validade da medida provisória que instituiu o Mais Médicos.
O Ministério Público do Trabalho abriu investigação sobre o contrato de trabalho, e em janeiro, deve começar a visitar locais de atendimento para avaliar se há vínculo inadequado.
Para o Ministério da Saúde, os médicos estão passando por uma formação. Cada um recebe bolsa no valor de R$ 10 mil. Entre os médicos estrangeiros do programa, a maioria veio de Cuba, e chegou ao país por meio de um acordo do governo com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
O programa prevê curso de especialização com duração de um ano. O Estado que recebeu o maior número de médicos do programa é a Bahia, com 787 profissionais. Em segundo lugar, vem São Paulo, com 588 médicos; seguido pelo Ceará, com 572, e pelo Maranhão, com 445

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